domingo, setembro 15, 2013

VIRGEM MARIA DOLOROSA


Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz.

Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao participar nos sofrimentos de Cristo com paciência. Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida à Sua ressurreição. Maria nos precede no caminho da fé e do seguimento de Cristo.

Vivemos num mundo onde a compaixão faz imensa falta. A memória que hoje celebramos ensina-nos a compaixão verdadeira e consistente. Maria sofre por Jesus, mas também sofre com Ele. Por sua vez, a paixão de Cristo é participação no sofrimento humano, é com-paixão solidário conosco.


“Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna”.  Hebreus 5, 7-9

A carta aos hebreus faz-nos entrever os sentimentos de Jesus na sua paixão: “Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte”. 
A paixão de Jesus foi impressa no coração da Mãe. O clamor e as lágrimas do Filho fizeram-na sofrer de forma atroz. Como Jesus, e talvez até mais do que Ele, desejava que a morte se afastasse, e o Filho fosse salvo. Mas, ao mesmo tempo, Maria uniu-se à piedade de Jesus, submeteu-se, como Ele, à vontade do Pai.

Por tudo isto, a compaixão de Maria é verdadeira: carregou realmente sobre si o sofrimento do Filho e aceitou, com Ele, a vontade do Pai, numa atitude de obediência que vence o sofrimento.

A nossa compaixão, muitas vezes, é superficial. Não temos a fé de Maria. Nem sempre vemos no sofrimento dos outros a vontade de Deus, o que está certo. Mas também não sofremos com os que sofrem.

A Igreja celebra a memória de Nossa Senhora das Dores no dia 15 de setembro, imediatamente após a festa da Exaltação da Santa Cruz, pois Nossa Senhora está intimamente ligada à Redenção. Nós, fiéis, a consideramos Corredentora do gênero humano especialmente porque, em primeiro lugar, Ela consentiu no mistério da Encarnação, em segundo por ter dado à luz ao Redentor e em terceiro lugar porque sua dor foi extrema durante a paixão de seu Divino Filho. Significa que Maria teve especial cooperação na redenção universal.

Cristo sofreu por nossos pecados, foi por nossa causa que ele se encarnou e morreu crucificado. De maneira que todos nós, pecadores, temos participação indireta na Crucifixão de Nosso Senhor.


Para atravessarmos as dores que a vida nos reserva, é preciso estarmos unidos a Nossa Senhora junto à Cruz:
No caminho que temos de atravessar, sobretudo nas dores que a vida nos reserva, lembremo-nos de que Nossa Senhora pode nos obter a força que Ela teve para atravessar aquele transe tão terrível. Unamo-nos, portanto, não só em torno da Cruz, mas em torno d'Ela junto à Cruz; e tenhamos diante dos olhos não só a coroa de espinhos sobre a sagrada fronte de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas também sobre o Sapiencial e Imaculado Coração d'Ela. Assim teremos muito mais audiência junto a Deus.

ORAÇÃO À VIRGEM DOLOROSA

DEUS VOS SALVE, VIRGEM DOLOROSA, QUE JUNTO À CRUZ COMPARTILHASTES O SOFRIMENTO DE VOSSO DIVINO FILHO! ALI JESUS NOS ENTREGOU COMO VOSSOS VERDADEIROS FILHOS. QUEREMOS SENTIR QUE SOIS NOSSA MÃE EM TODOS OS MOMENTOS, MAS ESPECIALMENTE QUANDO NOS VISITA O SOFRIMENTO. TEMOS CERTEZA QUE AO VOSSO LADO TUDO SERÁ MAIS FÁCIL E SUPORTÁVEL. SANTÍSSIMA VIRGEM DAS DORES, ROGAI POR NÓS, PECADORES, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE. AMÉM.







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