segunda-feira, julho 18, 2016

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM



Em Jesus, Deus se fez gente para poder nos visitar e nos trazer a Salvação. Sempre que acolhemos Deus, recebemos dele um sopro de vida nova e nos renovamos. Assim aconteceu com Abraão, na 1ª leitura, que acolheu os mensageiros de Deus e lhe foi comunicado que seria pai, apesar da sua idade e da idade de Sara, sua esposa. 

Existe, contudo, uma condição importante para receber a visita divina em nossas famílias: ter um coração puro e as mãos limpas, como cantamos no salmo responsorial. Aquele que é verdadeiro, aquele que não prejudica o outro, aquele que não faz fofocas contra o outro, aquele que não explora financeiramente o outro... reúne as condições para acolher Deus em sua casa. O salmista terminava o seu salmo dizendo que quem vive no bem não vacila. No contexto desta nossa celebração, entendemos que quem acolhe a visita divina em sua vida, não vive com medo e nem vacila nos momentos de dificuldades e de incertezas na vida. Deus sempre nos visita, nós é que nem sempre abrimos a porta quando ele bate nas portas de nossos corações e de nossas famílias. Logo mais, na antífona da comunhão, nós ouviremos a provocação de Jesus: “eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir, e entrarei e cearemos juntos.” É o que aconteceu na casa de Marta, Maria e Lázaro. Jesus bateu à porta, aquela família abriu a porta de sua casa e ele entrou para fazer refeição com eles. 


Chegamos, agora, em outro local concreto da visita de Deus em nossas vidas. O primeiro local concreto onde Deus nos visita é a nossa vida. Na maior parte das vezes, é uma visita discreta, que acontece na simplicidade do pobre, no necessitado que me pede um copo de água. Nem sempre o reconhecemos, mas é ele que está nos visitando. O segundo local, onde Deus costuma visitar-nos é na família. Sua visita ao mundo aconteceu através de uma família; nascendo numa família. É assim que Deus visitou a nossa terra para nos reconciliar, como dizia a 2ª leitura. Por isso, a família é um local privilegiado da visita de Deus. Quase sempre ele aparece de modo improviso e, por isso, nem sempre o reconhecemos entre nós. Naquela alegria que deixou todo mundo da casa feliz, ele estava presente no sorriso da mãe, do pai, do filho vitorioso, do pai ou da mãe que foi promovido no emprego. Naquele momento de dor, de sofrimento que foi suportado; naquela hora de angustia que foi transformada em consolação... lá Deus estava visitando sua família. Quem está atento a isto, o percebe; mas nem todos. 

Por que nem todos percebemos a visita de Deus em nossas famílias? Porque acontece aquilo que Jesus reprovou em Marta: ocupações demasiadas e lidando com muitas coisas ao mesmo tempo. Quando a família é uma hospedaria para dormir, no final do dia, ninguém se encontra com ninguém. Quando não existe diálogo na família, quando as brigas impedem as conversas ou dão lugar aos gritos e xingamentos... então é impossível perceber a presença divina na família. Se a família não abrir a porta para aquilo que é o mais importante, que no Evangelho deste Domingo diz que foi escolhido por Maria, então a casa que deveria ser um céu, torna-se um inferno. Hoje, Jesus volta a dizer para muitas famílias aquilo que disse à Marta: vocês se ocupam de muitas coisas em vossas casas, mas uma só é importante: a vida do outro, porque é na vida dele que Deus nos visita e ouvimos Jesus nos falando. Amém! 








No dia 16 de julho em que celebramos a festa de Nossa Senhora do Carmo,
Padre Marcos abençoou os escapulários e fez a imposição do mesmo nas crianças
da catequese pedindo a interseção e a proteção da Virgem Maria sobre elas e suas famílias.