sexta-feira, outubro 18, 2013

18 DE OUTUBRO - DIA DO MÉDICO


E, com Médicos Sem Fronteiras, é muita gente mesmo: são mais de 370 projetos em mais de 70 países, que levam cuidados de saúde básica e especializada a populações vulneráveis. Hoje, graças a eles, a gente comemora a vida! Conheça alguns desses médicos e um pouco de sua história.

“O mais bonito disso tudo é que, quando as mães voltam para a consulta, elas vêm me procurar para mostrar como as crianças estão lindas.
 Quando falo das crianças entendo porque estou longe de tudo que amo. O sorriso dessas mães e dessas crianças compensa o sacrifício.” – Rachel Soeiro, pediatra brasileira, sobre sua participação em projeto de MSF no Níger. (Foto: ©MSF)
Médicos Sem Fronteiras é uma organização internacional fundada há mais de 40 anos para levar ajuda médica a pessoas em situação de crise humanitária, como conflitos, epidemias, desastres naturais e outros contextos onde a saúde e a sobrevivência das pessoas se veem ameaçadas e não há capacidade por parte de governos ou outras organizações locais de responder às necessidades.
“Pacientes que moram próximo do hospital ou que estão hospedados com familiares e amigos nas redondezas podem retornar para acompanhamento ou para fazer curativos. Mas mesmo havendo grande solidariedade entre as pessoas daqui, e muitos pacientes conseguem se manter nas redondezas temporariamente, alguns deixam o hospital e nós nunca mais sabemos deles.” – Anna Nowak, cirurgiã polonesa, sobre sua participação em projeto de MSF na Síria. (Foto©Andreas Dekkers/MSF)

“Nesta tarde, quando eu voltava do hospital, encontrei uma criança andando, voltando da escola.
 Parei no caminho e chorei, junto com a mãe dele. Não podíamos nos comunicar verbalmente – eles são mongues e falam um dialeto originado na linguagem lao. Nos abraçamos e me senti também mãe daquele moleque. Foi apenas uma vida? E quanto vale uma vida?” – Ana Maria Amorim, pediatra brasileira, sobre sua participação em projeto de MSF no Laos. (Foto: ©MSF)

“Saímos da comunidade e, depois de umas 3 horas na caminhonete, chegamos de volta ao hospital. 
As crianças, todas com curativos cobrindo os seus ferimentos, brincavam de futebol no pátio do hospital. Todos vieram sorrindo em minha direção e eu, feliz, fico pensando que nossos países e pessoas têm muito em comum.” – Carolina Batista, médica brasileira, sobre participação em projeto de MSF em Camarões. (Foto: ©MSF)

“Não tínhamos comida e, apesar do risco do caminho, chegamos em Lelo na esperança de encontrar algo para nos alimentarmos e para levarmos para as crianças, que estavam muito fracas para vir”, conta uma sudanesa que chegou à cidade, no Sudão do Sul.
 Os deslocamentos continuam e a grande preocupação de Médicos Sem Fronteiras é a situação nutricional das pessoas.  (Foto: ©Gisa Kohler/MSF)

Em uma semana, a equipe de Médicos Sem Fronteiras conseguiu vacinar 9 mil crianças contra o sarampo e a poliomielite em Gadzi, na República Centro-Africana.
 Na cidade, a resposta de emergência, inaugurada em abril 2013, envolve atenção especial também à desnutrição e à malária. (Foto: Anthony Jacopucci)

“Vivemos tantas vidas quantas quisermos. Às vezes, por não sairmos da rotina, não percebemos nossa capacidade de nos reinventarmos, de nos recriarmos. 
Tive a sensação de estar, ali, vivendo uma segunda vida. Quando a gente se dispõe a passar por alguma dificuldade e a superamos, podemos viver uma eternidade em uma vida.” – Milton Pokorny, cirurgião brasileiro, sobre sua participação no projeto de fístula obstétrica de MSF no Burundi. (Foto: ©MSF)

MSF está atuando na área rural do departamento de Cochabamba, na Bolívia, país com a mais alta prevalência da doença de Chagas. 
O projeto cobre a província de Narciso Campero, incluindo três municipalidades: Pasorapa, Omereque e Aiquile, sendo que esta última tem cerca de 80 comunidades. Na foto, uma profissional de MSF conduz uma reunião para transmitir informações sobre o tratamento da doença de Chagas a membros da comunidade de Kochapata. (Foto: Juan Renau)

A doença de Chagas é endêmica em 21 países da América Latina. De acordo com estimativas, já são entre entre 8 e 10 milhões de casos em todo o mundo. A infecção parasitária mata 12.500 pessoas por ano, o que a coloca entre as primeiras causadoras de morte no continente americano. Em Narciso Campero, na Bolívia, MSF está desenvolvendo uma estratégia mista, que oferece cuidados diretos à comunidade e também integra diagnóstico e tratamento nos centros de saúde existentes. A organização lida com todos os aspectos da doença de Chagas: educação e conscientização da comunidade sobre a doença, controle vetorial, diagnóstico e tratamento.

Margie é uma obstetriz que recentemente passou sete semanas trabalhando no hospital de Médicos Sem Fronteiras no norte da Síria. 
Em entrevista, a profissional conta que a organização montou uma maternidade na região porque as mulheres não tinham acesso a atendimento obstétrico de emergência. A equipe fazia de 50 a 60 consultas e até 12 partos por semana, alguns deles considerados desafiadores para Margie. Foram experiências impressionantes, compensadoras e memoráveis. (Foto: MSF)

“Quando eu trabalhava no Zimbábue, o que se dizia quando uma mãe dava à luz uma criança é ‘graças a Deus que você está viva’. 
Quando uma mulher dá à luz em países desenvolvidos, as pessoas dizem: ‘graças a Deus que você tem uma linda criança’” – Philip de Almeida – obstetra cingalês, que atuou com MSF em países como Serra Leoa, Haiti, Somália e Paquistão. (Foto: ©MSF)

“Antes da guerra, as pessoas na Síria tinham acesso a cuidados de boa qualidade. Algumas delas desejam ter o mesmo tipo de cuidados novamente. 
E, então, elas vêm até aqui porque não há nenhum outro lugar para onde possam ir.” – Steve Rubin, cirurgião norte-americano, que atuou com MSF na Síria. (Foto:©Robin Meldrum/MSF)

A atuação de Médicos Sem Fronteiras é, acima de tudo, médica. A organização leva assistência e cuidados preventivos a quem necessita, independentemente do país onde se encontram.
Em situações em que a atuação médica não é suficiente para garantir a sobrevivência de determinada população – como ocorre em casos de extrema urgência –, a organização pode fornecer água, alimentos, saneamento e abrigos. Esse tipo de ação se dá prioritariamente em períodos de crise, quando o equilíbrio anterior de uma situação é rompido e a vida das pessoas é ameaçada.