quarta-feira, outubro 31, 2012

PAPA BENTO XVI EXPRESSA SOLIDARIEDADE COM VÍTIMAS DE TEMPESTADE NOS EUA

Ondas causadas pela passagem da tempestade Sandy atingem farol às margens do Lago Erie perto de Cleveland.Tony Dejak/AP


Mortes nos EUA ocorreram em seis estados; uma pessoa desapareceu.
Prefeito nova-iorquino pediu à população para não sair de casa.
Passagem do furacão Sandy, em Atlantic City, no Estado americano de Nova Jersey.

Os estados de Nova York e Pensilvânia foram os que mais sofreram com a supertempestade. Em Nova York, o presidente dos EUA,  chegou a declarar situação de emergência para todo o Estado.
Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30)

Sandy já havia passado pelo Caribe, como furacão, causando destruições e quase 70 mortes. No domingo, 28, o Papa já tinha lembrado as populações atingidas, após a recitação da oração mariana do Ângelus. 
Moradores deixam suas casas em Kingston, na Jamaica, depois que o furacão Sandy ameaçou atingir a Jamaica e Cuba com intensas chuvas e ventos violentos. Collin Reid/AP

“Um devastador furacão abateu-se com particular violência sobre Cuba, Haiti, Jamaica e Bahamas, causando vários mortos e elevados danos que obrigaram numerosas pessoas a deixar as suas próprias casas”, disse Bento XVI na ocasião.
Moradores percorrem uma rua inundada pelas fortes chuvas do furacão Sandy em Porto Príncipe, Haiti. Dieu Nalio Chery/AP

O veleiro HMS Bounty afunda perto da costa da Carolina do Norte, devido à passagem do Sandy. A Guarda Costeira resgatou de helicóptero 14 dos 16 tripulantes. O capitão está desaparecido
AP/Petty Officer 2nd Class Tim Kuklewski/Guarda Costeira dos EUA

30 de outubro - Moradores observam suas casas queimadas em condomínio em Rockaways em Nova York.

Nesta quarta-feira, 31, a Costa Leste do país já tenta voltar à normalidade, com o retorno gradual dos transportes públicos, por exemplo, e a reabertura da Bolsa de Valores de Nova York, paralisada há dois dias.
31.out.2012 - Imagem de terça-feira (30) divulgada hoje mostra o Edifício Empire State (fundo) visto a partir do parque Erie-Lackawanna, alagado após a passagem do furacão Sandy, na cidade de Hoboken, no Estado americano de Nova Jersey - Michael Bocchieri/AFP



FONTE 
G1
Canção Nova
Noticias UOL


segunda-feira, outubro 29, 2012

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

OS MEMBROS DE UMA MESMA FAMÍLIA TÊM TRAÇOS DO ROSTO COMUNS…
AS PESSOAS QUE PARTILHAM TODA UMA VIDA JUNTOS ACABAM POR SE PARECEREM…
ESTA FESTA ANUAL DE TODOS OS SANTOS REÚNE INÚMEROS ROSTOS QUE TRAZEM EM SI A IMAGEM E A SEMELHANÇA DE DEUS
.




Um rosto de humanidade transfigurada. Enquanto vivos, os santos não se consideravam como tais, longe disso! Eles não esculpiam a sua efígie num fundo de auto-satisfação… Contrariamente àquilo que geralmente aparece nas imagens ditas piedosas e nas biografias embelezadas, eles não foram perfeitos, nem à primeira, nem totalmente, nem sobretudo sem esforço. Eles tinham fraquezas e defeitos contra os quais se bateram toda a vida. 

Alguns, como Santo Agostinho, vieram de longe, transfigurados pelo amor de Deus que acolheram na sua existência. Quanto mais se aproximaram da luz de Deus, tanto mais viram e reconheceram as sombras da sua existência.
Peregrinos do quotidiano, a maior parte deles não realizaram feitos heroicos nem cumpriram prodígios. É certo que alguns têm à sua conta realizações espetaculares, no plano humanitário, no plano espiritual, ou ainda na história da Igreja. Mas muitos outros, a maioria, são os santos da simplicidade e do quotidiano! Canoniza-se muito pouco estas pessoas do quotidiano!

Um rosto com traços de Cristo.
Encontramos em cada um dos santos e das santas um mesmo perfil. Poderíamos mesmo desenhar o seu retrato-robô comum. Por muito frequentar Cristo, deixaram-se modelar pelos seus traços.
Como Jesus, os santos tiveram que viver muitas vezes em sentido contrário às ideias recebidas e aos comportamentos do seu tempo. Viver as Bem-aventuranças não é evidente: ser pobre de coração num mundo que glorifica o poder e o ter; ser doce num mundo duro e violento; ter o coração puro face à corrupção; fazer a paz quando outros declaram a guerra…

Os santos foram pessoas “em marcha” (segundo uma tradução hebraizante de “bem-aventurado”), isto é, pessoas ativas, apaixonadas pelo Evangelho… Os santos foram homens e mulheres corajosos, capazes de reagir e de afirmar a todo o custo aquilo que os fazia viver. Eles mostram-nos o caminho da verdade e da liberdade.

Aqueles que frequentaram os santos – aqueles que os frequentam hoje – afirmam que, junto deles, sentimos que nos tornamos melhores. O seu exemplo ilumina. A sua alegria é o seu testemunho mais belo. A sua felicidade é contagiosa.

 A SANTIDADE DE MUITOS
Fruto da conversão realizada pelo Evangelho é a santidade de muitos homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com simplicidade e no dia a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo. Como não pensar aos inumeráveis filhos da Igreja que, ao longo da história, viveram uma santidade generosa e autêntica no mais recôndito da vida familiar, profissional e social? «Todos eles, como “pedras vivas” aderentes a Cristo “pedra angular”, construíram como edifício espiritual e moral, deixando aos vindouros a herança mais preciosa. O Senhor Jesus havia prometido: “Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai'' (Jo 14,12). Os santos são a prova viva da realização desta promessa, e ajudam a crer que isto é possível mesmo nos momentos mais difíceis da história». [nº 14 da Exortação Apostólica Ecclesia in Europa de João Paulo II]

QUEM PODERÁ SUBIR À MONTANHA DO SENHOR?
QUEM HABITARÁ NO SEU SANTUÁRIO?
O QUE TEM AS MÃOS INOCENTES E O CORAÇÃO PURO,
O QUE NÃO INVOCOU O SEU NOME EM VÃO.


ESTE SERÁ ABENÇOADO PELO SENHOR
E RECOMPENSADO POR DEUS, SEU SALVADOR.
ESTA É A GERAÇÃO DOS QUE O PROCURAM,
QUE PROCURAM A FACE DE DEUS.

Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus


domingo, outubro 28, 2012

BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR FAZ 100 ANOS

EM 1912, A INAUGURAÇÃO DE UM CAMINHO AÉREO NO RIO DE JANEIRO INCLUÍA NO MAPA TURÍSTICO DO BRASIL UM EMPREENDIMENTO QUE SE TORNARIA MUNDIALMENTE FAMOSO “O BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR” HOJE, A VISÃO DOS BONDINHOS, NO SEU CONSTANTE VAIVÉM, ESTÁ INCORPORADA À PAISAGEM CARIOCA.

O MORRO DO PÃO DE AÇÚCAR
Marca registrada da cidade do Rio de Janeiro, o morro do Pão de Açúcar é uma montanha despida de vegetação em sua quase totalidade. É um bloco único de uma rocha proveniente do granito, que sofreu alteração por pressão e temperatura e possui idade superior a 600 milhões de anos.
Construído, operado e mantido pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, o complexo turístico Pão de Açúcar foi criado para o divertimento de milhares de pessoas num local privilegiado pela beleza panorâmica.

O Pão de Açúcar é circundado por uma vegetação característica do clima tropical, especificamente um resquício de Mata Atlântica com espécies nativas que em outros pontos da vegetação litorânea brasileira já foram extintas.
ORIGEM DO NOME
Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão de Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após a cana ser espremida e o caldo fervido e apurado, os blocos de açúcar eram colocados em uma forma de barro cônica para transportá-lo para a Europa, que era denominada pão de açúcar. A semelhança do penhasco carioca com aquela forma de barro teria originado o nome.


O penedo teve ao correr do tempo, cronologicamente, os seguintes nomes: “Pau-nh-açuquã” da língua Tupi, dado pelos Tamoios, os primitivos habitantes da Baía de Guanabara, significando “morro alto, isolado e pontudo”; “Pot de beurre” dado pelos franceses invasores da primeira leva; “Pão de Sucar” dado pelos primeiros colonizadores portugueses; “Pot de Sucre” dado pelos franceses invasores da segunda leva. Ortograficamente, segundo a anterior ortografia da Língua Portuguesa, “Pão de Assucar”, era com ss.


O nome Pão de Açúcar generalizou-se, a partir da segunda metade do século XIX, quando o Rio de Janeiro recebeu as missões artísticas do desenhista e pintor alemão Johann Moritz Rugendas e do artista gráfico francês Jean Baptiste Debret que, em magníficos desenhos e gravuras, exaltaram a beleza do Pão de Açúcar.
SEGURANÇA
As atuais linhas foram dotadas de dispositivo de segurança modernos, com sensores em diversos pontos da instalação. Diariamente pela manhã, antes de receber os primeiros passageiros, os bondinhos saem numa viagem de vistoria para testar se tudo está em ordem.
O percurso é todo programado e controlado por equipamento eletrônico, que faz a aceleração e desaceleração do Bondinho. Dois painéis indicam a localização exata dos bondinhos em caso de baixa visibilidade e revelam qualquer defeito que esteja ocorrendo.
O dispositivo de controle eletrônico do sistema impede que o Bondinho dê partida se ocorrer qualquer alteração em um dos seus inúmeros itens de segurança, como por exemplo: fechamento da porta, tensão das baterias, alimentação elétrica, pressão do óleo dos freios, etc.
O bondinho funciona com energia fornecida pela Light, mas há um gerador na estação motriz. Se, mesmo com todo esse esquema de segurança, ocorrer uma situação de emergência, a equipe de transporte está preparada para transportar os passageiros para as estações de forma segura e tranquila. O sistema segue as normas nacionais e internacionais e está dentro de rigorosos padrões mundiais de segurança. O transporte a cabo é considerado por dados estatísticos como o tipo de transporte mais seguro do mundo.


MARCO DA CIDADE
 O Pão de Açúcar está na entrada da Baía de Guanabara, sendo referência visual para os navegadores que, do mar ou do ar, o procuram por estar localizado na periferia da cidade.
 Aos seus pés, Estácio de Sá, em 1º de março de 1565, fundou a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Estácio de Sá chegou ao Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1565 e no dia 1º de março lançou os fundamentos da cidade, entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, por ser local de mais fácil defesa. O local permitia, não só a observação de qualquer movimento de entrada e saída de embarcações da baía, como facultava a visão interna de todos os possíveis invasores.
MARCO TURÍSTICO
A inauguração do teleférico do Pão de Açúcar em 1912 projetou o nome do Brasil no exterior. O teleférico do Pão de Açúcar foi o primeiro instalado no Brasil e o terceiro no mundo, alavancando o desenvolvimento do turismo nacional. Não é à toa que é chamado de a Jóia Turística da Cidade Maravilhosa.

No fim dos anos 70, o Morro da Urca passou a receber shows de diversos artistas. Era o projeto Noites Cariocas, idealizado pelo jornalista e produtor Nélson Motta, que foi sucesso de público nas noites de sexta e sábado no lugar durantes anos. Dali o morro descobriu também sua vocação para receber eventos. Hoje, diversas festas e encontros empresariais são realizados à noite, no anfiteatro construído no local. 



Imagens > Marcos Estrella


JESUS, FILHO DE DAVI, TEM PIEDADE DE MIM!


Homilia de Padre Marcos Belizário no 30º Domingo do Tempo Comum – Ano B
Quando pensamos na nossa civilização atual, nos nossos valores, exaltando a eficiência, a riqueza, o conforto, o bem-estar, o vigor e forma física, a saúde… 

Como os critérios de Deus são diferentes! Israel é imagem da Igreja e é imagem de cada um de nós, membro do povo de Deus da nova Aliança. À medida que descobrirmos nossas pobrezas pessoais e eclesiais, podemos também ter certeza que o Senhor não nos abandona: ele nos chama, ele nos reúne, ele nos salva: “Entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e parturientes”, gente fraca, gente sem força, gente incapaz de se defender… Mas, Deus é nossa defesa: defesa da Igreja, defesa de cada um de nós! 

Se caminharmos, muitas vezes, chorando, semeando com lágrimas o caminho de nosso seguimento de Cristo, haveremos de voltar cantando, na força e na graça do Senhor: “Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes”. 

Somente pode experimentar isso aqueles que sabem e experimentam que são pobres diante de Deus, aqueles que sentem sua própria fraqueza! Esta é a experiência que o cristão deve fazer sempre na sua vida, seja pessoalmente, seja como Igreja! Somos pobres, mas Deus é nossa riqueza; somos fracos, mas Deus é nossa força!

Agora podemos deter-nos no Evangelho de hoje, que mostra de modo maravilhoso essa experiência cristã de ser salvo por Deus em Jesus Cristo. Jesus está saindo de Jericó, já está perto de Jerusalém, onde morrerá. Uma multidão o acompanha: barulho, empurra-empurra, aglomeração, aperreio… À beira do caminho, havia um cego mendigo… Ele era ninguém, nem nome tinha… Marcos só diz que era o “bar-Timeu”, o filho de Timeu… Cego, incapaz de caminhar sozinho, esmolando, sentado à margem do caminho de Jericó e da vida. Este cego é a humanidade; este cego é cada um de nós! Mas, ele ouve o rumor, a confusão no caminho e quando ouviu dizer que Jesus estava passando, não perde tempo; é a chance de sua vida! Ele grita alto: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Repreendem o cego, mas ele grita com voz mais forte! 

Ele sabe que é a chance da sua vida. Santo Agostinho dizia: “Eu temo o Cristo que passa”… É preciso não perder a chance, é preciso gritar… não deixar o Cristo passar em vão no caminho da nossa existência!



sexta-feira, outubro 26, 2012

ANO DA FÉ E DOS 500 ANOS DA CAPELA SISTINA.


26 -10 - 2012 -  Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - “Arte e fede. Via Pulchritudinis”.

É o título do filme-documentário que foi projetado na tarde desta quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, na presença do Papa Bento XVI, por ocasião das celebrações do Ano da fé e dos 500 anos da Capela Sistina. O filme, uma produção em várias línguas das Edições Museus Vaticanos, foi realizada pela televisão polonesa TBA, pelo Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Direção dos Museus Vaticanos, e a partir do próximo mês de novembro será distribuído em nível mundial. Presentes na projeção do filme os padres sinodais.

No seu discurso na conclusão do filme-documentário o Santo Padre destacou a relação entre arte e evangelização, “um binômio que acompanha a Igreja e a Santa Sé há dois mil anos, um binômio que ainda hoje devemos valorizar mais ainda na tarefa de levar aos homens e às mulheres do nosso tempo o anúncio do Evangelho, do Deus que é Beleza e Amor infinito”.

“A linguagem da arte é uma linguagem parabólica” – disse ainda Bento XVI - dotada de uma especial abertura universal, e a ‘via Pulchritudinis’ - caminho da beleza – “é um caminho capaz de guiar a mente e o coração rumo ao Eterno, de elevá-los até às alturas de Deus”.

Definindo o filme “uma contribuição específica e qualificada dos Museus Vaticanos ao Ano da Fé”, o Papa afirmou que o patrimônio artístico da Cidade do Vaticano constitui uma espécie de grande parábola através da qual o Papa fala aos homens e mulheres de todas as partes do mundo, e, portanto, de culturas e religiões diferentes, pessoas que talvez jamais lerão um seu discurso ou uma sua homilia. Para muitas pessoas, de fato, a visita aos Museus Vaticanos “representa, em sua viagem a Roma, o contato maior, às vezes único, com a Santa Sé” e é, portanto, “uma ocasião privilegiada para conhecer a mensagem cristã”.



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Vista externa da Capela Sistina do alto da Basílica de São Pedro


A CAPELA SISTINA É UMA CAPELA SITUADA NO PALÁCIO APOSTÓLICO, RESIDÊNCIA OFICIAL DO PAPA NA CIDADE DO VATICANO. É FAMOSA PELA SUA ARQUITETURA, INSPIRADA NO TEMPLO DE SALOMÃO DO ANTIGO TESTAMENTO, E SUA DECORAÇÃO EM AFRESCOS, PINTADA PELOS MAIORES ARTISTAS DA RENASCENÇA, INCLUINDO MICHELANGELO, RAPHAEL, BERNINI E SANDRO BOTTICELLI
A CAPELA SISTINA É UM DOS MAIORES TESOUROS ARTÍSTICOS DA HUMANIDADE.


A capela tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482, e em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção.
Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido.
Na realização desta grandiloqüente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho de Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu do Papa. Mas dedicou-se à tarefa e o fez com tanta mestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

VIDEO - MUSEO DO VATICANO - CAPELA SISTINA 









quinta-feira, outubro 25, 2012

ODETTINHA – SERVA DE DEUS


Odette Vidal de Oliveira veio ao mundo dia 15 de setembro de 1930 na cidade do Rio de Janeiro e foi ao encontro de Jesus aos 9 anos, dia 25 de novembro de 1939. Foi sepultada no Cemitério São João Batista em Botafogo, no Rio de Janeiro. Seu túmulo fica na quadra 6, número 850.
Seus pais Alice e Francisco eram portugueses e criaram a menina com muito carinho, com amor a Deus. Desde pequenina ouvia os nomes Papai céu, Jesus, Maria. Quando começou a dar os primeiros passos gostava de ir ao jardim. Caminhava no meio das flores e colhia ou pedia lírios para Jesus – “Pai céu” – como dizia.

Os lírios lembravam à menina a Sagrada Eucaristia.  Dizia ao Seu Augusto – o jardineiro: plante lírios, mais lírios, muitos lírios...
Odettinha, como era chamada, transmitia um sentimento de paz e tranqüilidade. No Colégio Sion destacava-se por suas virtudes. Era caridosa, humilde. Na verdade ela possuía, ainda, inúmeras virtudes: pureza, bondade, simplicidade, modéstia, obediência, zelo, paciência... Com gestos simples encantava a todos.

Sua mãe lhe ensinava jaculatórias mas a sua preferida era –
“Meu Jesus eu Vos amo”. Era meiga e tinha muito carinho com os pobres, as crianças, os infelizes desculpando-lhes sempre os defeitos. Amar aos pobres era uma necessidade para ela. Seu amor a Deus era cheio de ardor. Tinha um imenso amor pela Eucaristia. Um dia quando seguia para o Colégio São Marcelo com uma freira encarregada de Eucaristia pegou uma hóstia que o Capelão ia consagrar, pediu licença e formou uma ”coroa de beijinhos” para Jesus encontrá-los na hora da Consagração.
Um dia, esta menina especial, disse  à mãe que precisava de óleo para levar para a Capela de São Marcelo. Ela não queria que faltasse luz para Jesus (ela sabia que ia acabar o óleo da lamparina da Capela).
Quando fez sua primeira confissão tinha cerca de 5 anos. Apreciava o terço que rezava e quando alguém lhe disse um dia que era pouco – ela respondeu: “é pouco – mas é muito”. Ensinava catecismo aos meninos de sua idade e às empregadas de sua casa e seus filhos: catequista aos 5 anos.

D. Alice levou sua filha a concluir que era melhor morrer do que ofender a Deus. Recebia muito carinho e seu amor a Deus era natural no seu coraçãozinho. Na preparação para primeira Comunhão se destacou pelas respostas inteligentes e por seu amor à Sagrada Eucaristia..

No dia da Primeira Comunhão ao entrar na Igreja da Imaculada Conceição, em Botafogo, sua mãe lhe perguntou: Filhinha se Jesus lhe aparecesse agora que lhe diria?  Eu lhe daria um beijinho com todo amor do meu coração e lhe diria: “Jesus eu Vos amo”. Certamente Jesus e Odettinha trocaram lindas palavras e indescritíveis sentimentos. Eram amigos cada vez mais próximos, cada vez mais unidos. Ela estava com o rostinho iluminado nesse dia... Era dia 15 de agosto de 1937. Depois deste dia participou das comunhões diárias e dizia: Oh! Meu Jesus! Vinde agora ao meu coração!

Ao passar diante de um crucifixo sempre dizia: Ah! Se estivesse lá não o teria deixado crucificar! Eu lhe tomaria o lugar! Odettinha queria participar dos sofrimentos de Jesus, se ofereceu a Deus pelo Santo Padre e pela paz do mundo, tinha espírito missionário e quando, já doente, ouviu falar da festa das missões, de orações e sacrifícios escreveu no reverso de um santinho de Nossa Senhora das Dores: “Eu Vos ofereço ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas Missões.”

Seu amor pela Comunhão nunca diminuiu. Sua preparação para a Sagrada Comunhão e ação de graças encantavam todas as pessoas. Seu amor a Jesus crescia dia a dia. Esta santa menina amou ao próximo sem fazer nenhuma distinção entre as pessoas e, mesmo quando dizia a alguém – isto não se faz – o fazia com tanta elegância que cativava a todos.

O pouco tempo que aqui viveu  distribuiu grandes benefícios, ensinou, partilhou, orou e amou seu Jesus com ardor, com um amor sem limites. Odettinha: alma pura, santa amou aos pais – que chamava de paizinho e mãezinha , amou aos pobres, às crianças, aos indefesos. Sua delicadeza, seu amor, sua caridade se estendia a todos, sem exceção.
Seu “pai espiritual” – Padre Afonso Germe , da Congregação da Missão , ocupava um lugar muito especial no seu coraçãozinho e depositava nele toda confiança e uma palavra dele era decisão para ela. Um dia disse:
“Mamãe tenho vontade de passar a mão no cabelo do Padre, afagar-lhe a cabeça, apertá-lo a meu coração!... Parece tanto com a cabeça do Eterno Pai!... Não parece, mamãe, não parece...”
Padre Germe é o autor do livro sobre sua vida: Um lírio chamado Odettinha.
Com sua meiguice conseguia trazer conforto a cada um que lhe oferecesse uma oportunidade: dava comida, agasalhos, dava carinho. Tinha um grande amor por Nossa Senhora e dizia que tudo vem por meio dela. Achava injusto São José ser tão pouco honrado...

Ao final da vida,durante 49 dias, sofreu dolorosa enfermidade – paratifo – que suportou com paciência dizendo: “eu Vos ofereço oh! Meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas Missões e pelas crianças pobres”.
No dia de sua morte recebeu a Sagrada Comunhão às 7h30min. E na ação de graças dizia: “Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo.” Morreu serenamente às 8h20min.

Há muitos relatos sobre pessoas que passaram por sua vida. Há os que se regeneraram como, por exemplo, um pobre bêbado chamado Martins a quem atendeu com meiguice, entregou medalhinhas, deu conselhos e disse: nunca se esqueça de Nossa Senhora , reze todos os dias 3 Ave Maria e diga “Jesus eu Vos amo”. Ele assistiu ao seu enterro e tempos depois foi à casa de Odettinha e disse: Madame rezei o tercinho da minha santinha do céu, hoje não venho pedir esmola, rezei conforme ela me ensinou, ela me protegeu, estou colocado, ganho o meu ordenado, estou bem vestido, tenho até alguma economia.
As virtudes de Odettinha foram extraordinárias para uma criança. Seu amor aos pobres e às crianças foi singular. Sua modéstia e seu pudor um sinal da pureza de sua alma.
Seu túmulo está entre os três mais visitados, no dia de finados, no Cemitério São João Batista. Muitas pessoas vão agradecer benefícios espirituais e temporais qua atribuem à sua intercessão junto à Deus.

Símbolos da piedade de Odettinha
O lírio representava para Odettinha a Sagrada Eucaristia.

Tercinho do amor: 
Ela rezava nas contas pequenas: Meu Jesus eu Vos amo.

Nas contas grandes: Quero passar meu céu fazendo bem à terra.

Nas três últimas contas: Meu Jesus, abençoai-me, santificai-me, enchei meu coração de vosso amor!


DOM NELSON FRANCELINO FERREIRA

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANA GALVÃO

FREI GALVÃO É O RELIGIOSO NO QUAL O CORAÇÃO É DE DEUS, MAS AS MÃOS E OS PÉS SÃO DOS IRMÃOS. TODA A SUA PESSOA ERA CARIDADE, DELICADEZA E BONDADE: TESTEMUNHOU A DOÇURA DE DEUS ENTRE OS HOMENS. ERA O HOMEM DA PAZ, E COMO ENCONTRAMOS NO REGISTRO DOS RELIGIOSOS BRASILEIROS: "O SEU NOME É EM SÃO PAULO, MAIS QUE EM QUALQUER OUTRO LUGAR, OUVIDO COM GRANDE CONFIANÇA E NÃO UMA SÓ VEZ, DE LUGARES REMOTOS, MUITAS PESSOAS O VINHAM PROCURAR NAS SUAS NECESSIDADES". 

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.

Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo. 


Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política. 


O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. 

Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. 

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. 

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". 

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. 

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado. 

Em 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, dele recebendo os títulos de Homem da Paz e da Caridade e de Patrono da Construção Civil no Brasil. De seu processo de beatificação constam 27.800 graças documentadas, além de outras consideradas milagre.
      Aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsivas. Foi então internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão. Os sintomas acima a levaram a uma parada cardio-respiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares.

      Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão. Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada. O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico que: "atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela".


PASTORAL DO RECÉM NASCIDO NA PARÓQUIA SÃO CONRADO


HÁ 18 ANOS ISABEL BURLAMAQUE BALLIAN É
 VOLUNTÁRIA DA PASTORAL, ISAAC ELIAS FAZ A
 DOAÇÃO DO LEITE EM PÓ.
Há três décadas, através de um convite do Pe. Djalma, pároco da Paróquia São Conrado, Maria Florentina A. Camerini, psicóloga, iniciou, voluntariamente sua participação na Pastoral do Recém Nascido. O convite consistiu na possibilidade da implantação de um "Serviço de Psicologia", para as mães que já recebiam a doação de leite em pó.
Esta Pastoral, consiste então, na doação de leite em pó aos participantes (mães,pais e avós de recém nascidos), atrelada a palestras sobre o desenvolvimento emocional do ser humano. O leite é doado principalmente pelos paroquianos.
MÁRCIA LUCIA HOJE, COM O  FILHO COM 13 ANOS, 
RECEBIA O LEITE EM LATA QUANDO ERA PEQUENO
 E DEPOIS SE TORNOU VOLUNTÁRIA DA PASTORAL
As regras de funcionamento foram construídas pelos próprios participantes. Estas são: cumprimento do horário de chegada; só recebe o leite se assistir a palestra; caso um participante necessite faltar justificadamente, pode enviar um adulto substituto em seu lugar, apenas por aquele dia; cada participante permanece nesta Pastoral por um período de 2 anos.
Antes da implantação das palestras de psicologia, o numero de participantes era de 30 pessoas, todas moradoras de Vila Canoas.

Após a introdução das palestras de psicologia o numero de interessados cresceu imensamente, inclusive vindo de outras comunidades. Precisou-se então reduzir para atender apenas moradores de Vila Canoas e Rocinha.

 
O horário de funcionamento é todas as quintas-feiras, das 7hs. às 8.15hs. no salão paroquial.
 
Há a distribuição do leite seguida da palestra.
 
No encerramento de cada encontro, todos se dão as mãos e rezam a "oração universal" o Pai Nosso.

Atende-se a 100 participantes.

Há 5 anos, também incluiu-se mais 20 idosas, devido a insistente solicitação à participação.

Há uma lista de espera permanente em torno de 150 pessoas.

Há 15 anos conta-se também com a participação voluntária da psicóloga Naiara Wietaueper e a pedagoga Isabel Ballian.
 
No final do ano, realiza-se uma festa de natal com a ajuda de várias doações como: presentes para as crianças e para as mães; animações (Papai Noel, recreador); comidas e bebidas.



Arthur Emílio há 6 anos como voluntário explica: A mãe entra com a criança com seis meses, recebe o leite pelo período de dois anos e depois é substituído por outras mães que estão esperando na fila.

São distribuídos, 100 Latas de leite para mãe com crianças, 20 sacos de leite para os idosos, com 120 cadastrados em um total de 500 latas de leite em pó ao mês, mais de 400 nomes aguardando na lista. 

ESSA É A PASTORAL DO RECÉM NASCIDO NA PARÓQUIA SÃO CONRADO COM A DEDICAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS NA DISTRIBUIÇÃO DO LEITE E O CONTROLE DA PRESENÇA DOS PARTICIPANTES REALIZADOS POR ISABEL, E AS PALESTRAS POR DRA FLORENTINA E DRA NAIARA.





terça-feira, outubro 23, 2012

MILAGRE, COISA SÉRIA E RARA

Dom Fernando Arêas Rifan*

Daí que as exceções a essas leis por sua intervenção - os milagres - são raras e extraordinárias. Em sua vida terrena, Jesus andou uma vez sobre as águas, mas não sempre; curou alguns cegos, paralíticos e leprosos, ressuscitou mortos, mas não todos. Ele usou de milagres para comprovar sua divindade e missão divina.

Notícia deste mês: uma religiosa italiana, Irmã Luigina Traverso, que sofria de paralisia ciática meningocele lombar, foi curada “miraculosamente” em Lourdes, França, “por intervenção extraordinária de Deus obtida pela intercessão de Nossa Senhora”, conforme reconheceu, no dia 11 de outubro passado, Dom Alceste Catella, Bispo de Casale Monferrato, diocese italiana onde reside a religiosa.

 Esta foi a 68ª cura “sem explicação” de Lourdes oficialmente reconhecida. O Bispo da diocese de Tarbes e Lourdes, Dom Nicolas Brouwet, assim como o Dr. Alessandro de Franciscis, presidente do Bureau des Constatations Médicales de Lourdes apresentaram os fatos em uma conferência de imprensa no último dia 12 de outubro.

O mais interessante é que essa cura ocorreu em 23 de julho de 1965, há, portanto, mais de 47 anos, mas só agora é que foi reconhecida pela Igreja.

Em Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete, muitas pessoas são curadas. Para o exame e constatação dessas curas, criou-se o Bureau Médical de Lourdes, do qual participam médicos de todos os credos religiosos, inclusive ateus, e os documentos ficam à disposição dos especialistas de qualquer parte do mundo. 

Um processo para declaração de milagre, feita no Bureau Médical de Lourdes, leva, pelo menos, 5 anos, com várias instâncias a percorrer. Na primeira instância, são feitos exames médicos e psiquiátricos rigorosos; qualquer explicação natural da cura leva o caso a ser encerrado. Ademais, só se aceitam doenças orgânicas e não apenas funcionais. Espera-se um ano, antes de dar a comprovação da cura definitiva. 

Na segunda instância, o caso é reapresentado à discussão. Na terceira instância, um relator leva o caso à Comissão Médica Internacional em Paris. Se o caso passar por esse crivo, declara-se que tal cura extraordinária não tem explicação na medicina, que o considera “milagre” e o entrega à Igreja para um processo canônico. 

Uma comissão, constituída pelo bispo do local onde mora a pessoa curada, examinará minuciosamente o caso sob todos os aspectos físicos e morais e os resultados médicos. Após todas as análises, o bispo confirmará, não só apenas com os olhos da ciência, mas também com os olhos da fé, o possível milagre.

Mais de onze mil casos já passaram da terceira instância com a confirmação médico-científica de que não há explicação para tal cura. No entanto, até hoje, apenas sessenta e oito de todos esses casos (incluindo o da Irmã Luigina) foram tidos como milagre pela quarta instância, ou seja, pela Igreja, que se mostra, nesses casos, mais rigorosa do que a própria medicina.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


segunda-feira, outubro 22, 2012

BEATO JOÃO PAULO II


O Papa do Rosário, o Papa da Eucaristia, o Papa de Nossa Senhora de Fátima, o Papa da Consagração a Maria, o Papa impulsionador da santidade, o Papa dos movimentos leigos, o Papa da oração - são alguns títulos que caberiam a João Paulo II. Tantos são os aspectos de seu rico pontificado que alguns receberam menor atenção, e aqui pretendemos lembrá-los.

MISERICÓRDIA E ESCAPULÁRIO DO CARMO
Terá sido por mera coincidência que João Paulo II faleceu após haver assistido a uma Missa da Festa da Divina Misericórdia?
Ora, foi ele um incentivador dessa devoção, canonizando santa Faustina Kowalska - a vidente polonesa falecida em 1930 - e reservando o segundo domingo da Páscoa para essa festa. Jesus pedira sua instauração nessa data, na qual perdoaria todas as culpas e penas para quem se confessasse e comungasse.
Mas esta não é a única "coincidência". Também é digno de nota que ele tenha morrido num sábado - dia relacionado com o escapulário de Nossa Senhora do Carmo -, e por sinal primeiro sábado do mês, o que nos fala dos pedidos da Santíssima Virgem em Fátima. João Paulo II usava o escapulário, que recebera quando era ainda menino.

BENDITO ROSÁRIO DE MARIA
Era também intimamente relacionado com as aparições de Maria aos Três Pastorinhos, chegando a atribuir sua milagrosa sobrevivência ao atentado de 1981 à proteção da Virgem de Fátima. Teve em alta consideração as palavras de Maria, classificando-as de "extraordinária mensagem", que "continua a ressoar com toda a sua força profética, convidando todos à constante oração, à conversão interior e a um generoso empenho de reparação dos próprios pecados e daqueles de todo o mundo". Mas não é possível falar de Fátima sem recordar a devoção de João Paulo II ao Rosário. Já as primeiras fotografias dele, difundidas nos anos iniciais de seu pontificado, mostravam-no amiúde de terço em punho. Uma de suas últimas iniciativas foi declarar o Ano do Rosário e publicar a Carta Apostólica "Rosarium Virginis Mariae", acrescentando os "Mistérios Luminosos" a esta devoção. Fez sua a comovente súplica do Beato Bártolo Longo: "Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga".
FÉ E ENTUSIASMO PELA EUCARISTIA
Contudo, seu relacionamento com a Virgem tinha fundamento ainda mais sólido. Quando jovem seminarista, consagrara-se a Ela como "escravo de amor", segundo a espiritualidade de São Luís Maria Grignion de Montfort. Ao se tornar Papa, incluiu no seu brasão o lema Totus Tuus (Sou todo Teu), para significar essa consagração.
Relacionada com a devoção marial está a devoção à Eucaristia, como João Paulo II afirmou na Carta Apostólica "Mane nobiscum Domine". Neste documento, insistiu na importância da Adoração eucarística, durante a qual devemos reparar "as negligências, esquecimentos e até ultrajes que o nosso Salvador Se vê obrigado a suportar em tantas partes do mundo". Em 7 de outubro de 2004, o mundo pôde contemplá-lo constantemente ajoelhado durante a Missa e a hora de Adoração, no lançamento do Ano da Eucaristia. É fácil imaginar o quanto isto custou de sofrimento a seu debilitado organismo. Entretanto, quis ele nos dar esse magnífico exemplo de entranhada devoção eucarística.
Desejava ele "alimentar a fé e o entusiasmo" pela Eucaristia, vendo-a homenageada, venerada, adorada nos espaços públicos: "A fé neste Deus que, tendo se encarnado, fez-se nosso companheiro de viagem, seja proclamada por toda parte, particularmente pelas nossas ruas e nas nossas casas, como expressão do nosso amor agradecido e fonte inexaurível de bênção".

A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NOS NUMEROSOS MOVIMENTOS E ASSOCIAÇÕES LEIGAS
Com agudo discernimento, percebeu a ação do Espírito Santo nos numerosos movimentos e associações leigas que surgiram um pouco por toda parte, trazendo novos carismas e novos métodos de apostolado para a Igreja. Para o Papa, eles constituem "uma ajuda preciosa em favor de uma vida cristã coerente com as exigências do Evangelho e de um empenhamento missionário e apostólico". Na Encíclica "Redemptoris missio", recomendava que esses movimentos crescessem "sobretudo entre os jovens".
E foi especialmente aos jovens que ele dirigiu as palavras "não tenhais medo!", bradadas na primeira Missa dominical como Papa, em 22 de outubro de 1978. Muito se escreveu sobre o real significado desse apelo, mas João Paulo II mesmo se encarregou de esclarecer seu sentido: um apelo à santidade, ao testemunho e à evangelização. Muitas vezes bradaria depois: "Não tenhais medo de ser santos!"
ENSINOU TAMBÉM PELO EXEMPLO PESSOAL
João Paulo II nos deu o exemplo. Não teve medo de enfrentar os males de hoje, reafirmando a doutrina perene da Igreja contra o aborto, a eutanásia e o relativismo moral; defendendo os valores da família e a dignidade do ser humano; pregando a prática da castidade.

Mostrava o Papa que, apesar de toda a pressão em contrário, a castidade é uma virtude acessível a todos.
É bom saber: Uganda é o único país da África onde a batalha contra a Aids está sendo vencida. Qual a fórmula do sucesso? A prática da castidade, estimulada pelo governo, tal qual o Papa havia aconselhado.
Que aqueles que formarão o mundo do futuro não se esqueçam jamais do apelo de João Paulo II, feito a eles durante a Jornada da Juventude de 2000: "Jovens de todos os continentes, não tenhais medo de ser os santos do novo milênio!"
Por Madre Mariana Morazzani Arráiz, EP.




 "OS VERDADEIROS DISCÍPULOS DE CRISTO TÊM CONSCIÊNCIA DE SUA PRÓPRIA FRAGILIDADE. POR ISTO COLOCAM TODA SUA CONFIANÇA NA GRAÇA DE DEUS QUE ACOLHEM COM CORAÇÃO INDIVISO, CONVENCIDOS DE QUE SEM ELE NÃO PODEM FAZER NADA (CFR JO 15,5). O QUE OS CARACTERIZA E DISTINGUE DO RESTO DOS HOMENS NÃO SÃO OS TALENTOS OU AS DISPOSIÇÕES NATURAIS. É SUA FIRME DETERMINAÇÃO EM CAMINHAR SOBRE AS PEGADAS DE JESUS". BEATO JOÃO PAULO II
http://www.arautos.org.br






domingo, outubro 21, 2012

PODEIS BEBER O CÁLICE...


Jesus bebeu o cálice de sua vida. Experimentou louvor, adulação, admiração e imensa popularidade. Também experimentou rejeição , ridicularização e o ódio das massas. Uma hora as pessoas gritavam “hosana”; outra hora gritavam “crucifica-o”. Jesus tomou isso para si, não como um herói adorado e depois desprezado, mas como aquele que veio cumprir uma missão e manteve seus esforços nela quaisquer que fossem as reações.

Jesus sabia no fundo de seu coração que teria de beber o cálice para finalizar o trabalho que seu Pai amado lhe havia conferido. Ele sabia que beber o cálice traria a ele liberdade, glória e completude. Sabia que o conduziria para além das armadilhas deste mundo, para o esplendor da ressurreição. Esse conhecimento tinha pouco a ver com saber e compreender. Era conhecimento do coração no jardim do amor eterno.

Por isso, o cálice que Jesus estava disposto a beber, e que bebeu até que estivesse totalmente vazio, tornou-se o cálice da salvação. No Jardim do Getsêmani, o jardim do medo, o coração de Jesus clamou com o salmista: “Nenhum homem é digno de confiança...tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor”.


“Salvação” é ser salvo. Mas do que precisamos ser salvos? A resposta tradicional e a melhor: do pecado e da morte. Estamos presos pelo pecado e pela morte como em um armadilha de caçador.

Quando paramos para pensar um pouco sobre as várias formas de dependência – drogas (também o álcool), comida, jogo, sexo - temos uma idéia do que é essa armadilha.

O pecado e a morte nos aprisionam.


Muitas vezes até mesmo parece impossível de ser percorrido. Se não estivermos preparados para beber nosso cálice, a verdadeira liberdade escapará de nós.
Salvação não é apenas um objetivo para a vida após a morte. É uma realidade diária que podemos viver aqui e agora.

E quando nos sentamos juntos ao redor do altar e ofereço a todos um cálice de vinho, posso dizer com profunda certeza: “Eis o cálice da salvação”.

TEMOS QUE BEBER NOSSO CÁLICE VAGAROSAMENTE, SABOREANDO CADA GOLE – ATÉ O FIM! VIVER UMA VIDA COMPLETA É BEBER NOSSO CÁLICE ATÉ QUE ELE ESTEJA VAZIO, ACREDITANDO QUE DEUS IRÁ ENCHÊ-LO DE VIDA ETERNA.

Cf  “Podeis beber o cálice?” Henri J.M. Nouwen; Ed Loyola, 2002